A Botânica e a Biologia sempre foram as matérias preferidas da artista gaúcha Angella Schilling.
Creio que o melhor a ser apresentado brota das palavras da própria artista. Angella Schilling é gaúcha, de Novo Hamburgo, RS. Vive e desenvolve seus trabalhos em Rondônia, um estado brasileiro que convencionou-se chamar de um Brasil profundo, situado na dita Amazônia Brasileira mas com quase um pé na América Central. A artista casou e foi morar com o marido naquela região tornando-se ela mesma e de certa maneira uma desbravadora pois levou consigo todo o ensinamento acadêmico adquirido aliado às técnicas da Fotografia e da gravura em metal.
Renato Rosa.
Andanças
Angella Schilling
“Procuro caminhar tanto quanto posso e procuro, ao mesmo tempo, observar a natureza. Esta é a verdadeira maneira de compreender algo”.
Van Gogh
Sinto-me em comunhão com este pensamento de Vincent Van Gogh.
Gosto de caminhar e de estar atenta aos detalhes que a Natureza apresenta e que, infelizmente, poucos veem. Nesses momentos preciosos, além de registrar mentalmente, uso a fotografia para reter tais imagens e, então, compartilhá-las.
A Botânica e a Biologia sempre foram minhas matérias preferidas, sobre as quais, fascinada, me debrucei desde criança.
No Rio de Janeiro, cidade na qual morei por 34 anos, apreciava as plantas e as ricas paisagens que acabaram por inspirar diversos trabalhos meus, como artista plástica.
Usava minhas lembranças da infância e estes novos registros do dia a dia.
A necessidade da fotografia surgiu com minha mudança para o Norte do Brasil, na Amazônia Legal, onde vivo há 12 anos. Foi vital guardar inúmeras imagens, era preciso salvá-las!
Minha primeira impressão, quando cheguei ao Estado de Rondônia, foi de grande alegria e êxtase com a tamanha abundância e variedade de todos os elementos que encontrei aqui, além do fato de que a Natureza é absurdamente mais colorida, o Sol é mais vibrante e o clima inigualável, com duas únicas estações bem definidas.
Continuo descobrindo novas plantas, novas flores, sempre que caminho pelas trilhas da Floresta Amazônica ou pelas ruas aqui de Porto Velho. A riqueza é imensa, infinita!
Foi andando e registrando que senti forte ímpeto de criar uma corrente de rara beleza, levando assim a Natureza ao coração de todos vocês.