
Múltiplamente talentosa. Dia 25 de janeiro ela completaria 73 anos. Não pode esperar, não lhe foi garantido esse prazo final. Nossa, como perdemos em risos e alegria que repartiríamos, nós dois, loucos aquarianos como sempre fomos!!! Mas a resignação nos obriga a viver com uma metade, com o que ficou, seu legado é sua obra.

Grave, profunda, assustadora, de difícil “degustação”, fel, amargura, desarvoradora, incomodativa, e ao mesmo tempo, linda, plena, íntegra. Como eu sinto, como profundamente sinto a ausência física da minha irmã da vida, a pintora MAGLIANI, sim, assim maiúscula como sempre poderemos escrever livremente seu nome. Que mulher frágil, que doçura, que delicadeza, que fragilidade, tudo o que escondia-se naquela mulher mignon, elegante, que costurava e criava suas próprias roupas e bolsas. Mulher, como mulher oprimida, negra, como negra marcada, segregada, mas nada disso a perturbava, sua força e brilho superavam toda e qualquer adversidade. Minha irmã da vida preferida. Saudade, muita. Um beijo.
Fotos: Luiz Carlos Felizardo e Tuyo Franco (+RIP janeiro de 2019).