Estreia portuguesa do filme-ensaio “Angela Davis: A World of Greater Freedom”

O filme-ensaio “Angela Davis: A World of Greater Freedom”, da autoria do cineasta e escritor Manthia Diawara, vai ter a sua estreia portuguesa no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, no dia 30 de setembro, às 19h00.

O filme, que foi apresentado na Bienal de Sharjah, reflete sobre a vida e a obra da ativista norte-americana Angela Davis, mas não se constrói como uma biografia ou uma narrativa fictícia. Em vez disso, as imagens de Diawara, intercaladas com material de arquivo, apresentam-se como um compêndio poético do pensamento crítico de Davis e uma inspiração para traçar novos imaginários e relações dentro de um emergente mundo novo.

A câmara de Diawara segue Davis a caminhar por uma floresta de sequoias gigantes, a trabalhar no jardim ou a passear o cão, enquanto esta reflete sobre inúmeras questões, incluindo as noções e ideias de liberdade, resistência, revolta, reconstrução do mundo, negritude política, pensamento negro radical, música, (inter)nacionalismo, feminismo (no Sul Global), abolição, complexos prisionais industriais, mudanças geracionais, dialéticas, contradições, África, sexualidade, desejo e, também, de amizade.

À exibição do filme segue-se uma conversa entre Manthia Diawara e a investigadora Sarah Lewis-Cappellari.

Sarah Lewis-Cappellari é curadora, dramaturga e doutoranda em Performance Studies na University of California, Los Angeles (UCLA). O seu trabalho aborda a interação entre performance, arte contemporânea, economias visuais coloniais e cultura negra.

Manthia Diawara é escritor, cineasta e professor na New York University. Para além de ser autor de diversas publicações sobre o cinema de África e das suas diásporas, contribuiu com ensaios sobre arte e política para Artforum, Mediapart, LA Times, Libération e The New York Times Magazine, entre muitos outros.

A estreia portuguesa do filme “Angela Davis: A World of Greater Freedom” é uma coorganização do Centro Cultural de Belém e da Maumaus/Lumiar Cité, com o apoio da Fundação Centro Cultural de Belém e da República Portuguesa–Cultura/Direção-Geral das Artes.