Poeta e escritor brasileiro da Amazônia ganha o prestigioso Prémio João da Silva Correia

O ilustre poeta e escritor brasileiro, Osvaldo Copertino Duarte, está a celebrar sua conquista recente do prestigioso Prémio João da Silva Correia. Este concurso literário internacional, que homenageia o escritor português João da Silva Correia, reconheceu o notável talento de Osvaldo Copertino Duarte, premiando-o como vencedor. O anúncio foi feito no dia 19 de julho em São João da Madeira, Portugal.

A obra premiada, “À Sombra do Escondido”, recebeu aclamação do júri por sua “coragem verbal, imagética e densidade poética”. O livro, do escritor brasileiro, é uma coletânea de poemas que exploram uma gama de temas, incluindo a natureza, o amor e a espiritualidade, revelando a habilidade singular de Osvaldo Copertino Duarte em sua arte.

O autor, que reside na Amazônia, expressou sua surpresa e alegria por ser premiado e compartilhou sua apreciação pelo júri: “É uma honra ter meu trabalho reconhecido por um júri tão qualificado“, disse ele. “Espero que esse prêmio ajude a divulgar minha obra e a de outros autores brasileiros.

Promovido pela Câmara Municipal de São João da Madeira, em Portugal, o Prémio João da Silva Correia oferece ao vencedor um prémio monetário de 5 mil euros, bem como a oportunidade de ver seu livro publicado.

Outras informações sobre o escritor brasileiro Osvaldo Copertino Duarte incluem seu papel como professor universitário de literatura brasileira e suas contribuições anteriores para a literatura, com a publicação de diversos livros de poesia e prosa. Seu livro premiado, “À Sombra do Escondido”, será publicado em Portugal pela editora Âncora.

Em uma entrevista, Osvaldo Copertino Duarte compartilhou sua experiência ao participar do concurso e expressou seu entusiasmo em relação a futuros projetos literários. Ele descreveu o papel fundamental de plataformas como Arte351 na promoção da literatura e na descoberta de novos talentos. Ele destacou a importância de concursos literários como o Prêmio João da Silva Correia, que incentivam a criação, promovem a cultura literária e fornecem visibilidade a autores emergentes.

O poeta e escritor brasileiro Osvaldo Copertino Duarte revelou que continua a se dedicar à escrita, trabalhando em novos textos e planejando futuras obras. Ele considera submeter alguns desses textos a outros concursos literários. Atualmente, ele está focado na publicação de “À Sombra do Escondido” no Brasil e em concluir projetos literários em andamento, com esperanças de também ver seus trabalhos publicados em Portugal.

A conquista do Prêmio João da Silva Correia é um testemunho do talento de Osvaldo Copertino Duarte como escritor brasileiro e poeta, e uma vitória que reconhece seu compromisso com a expressão artística e o enriquecimento da literatura brasileira e internacional. A obra vencedora, “À Sombra do Escondido”, de Osvaldo Copertino Duarte, agora ganha destaque na cena literária com a honra de ser reconhecida e celebrada.

Esta premiação é uma etapa significativa em sua carreira literária e destaca a importância de concursos literários no mundo da literatura, pois incentivam autores a continuar explorando sua criatividade e compartilhando suas histórias com um público mais amplo.

 

Entrevista com poeta e escritor brasileiro Osvaldo Copertino Duarte:

1. Como você tomou conhecimento do Prêmio Literário João da Silva Correia e da oportunidade de submeter sua obra “À Sombra do Escondido”? Foi através do Arte351? Lembra como chegou até a nossa plataforma?

Todos as manifestações, modos de produção e veículos de difusão artística me interessam. Se vou a um museu, a um teatro, ao cinema, se assisto a um espetáculo musical, a um ballet ou se vejo TV, se leio um blog, se visito um site na internet, estou sempre à procura das mesmas coisas: entretenimento, conhecimento, e educação da sensibilidade. Por isso, me interessa muito aqueles espaços e veículos comprometidos com o fortalecimento e a renovação da cultura e das artes. Aprecio particularmente os veículos de divulgação de prêmios e concursos. Esses espaços culturais são a meu ver a “ponta de lança” da arte contemporânea, porque promovem a renovação.

Foi por meio do Arte351, uma plataforma que cumpre essa função, que soube do Prêmio Literário João da Silva Correia. Veja a potência desse acontecimento: eu vivo na Amazônia e a Plataforma me estendeu um caminho novo desde Portugal.

O Arte351 é importante também em outros sentidos: conheci a plataforma há alguns anos, enquanto procurava notícias sobre artes na internet. Desde então visito o site com frequência para ler textos e ver as obras expostas. Ver pinturas é um exercício para mim. Faz parte da parte da minha preparação diária para escrever. E o Arte351 me oferece um painel do contemporâneo.

 

2. Pode partilhar um pouco sobre sua experiência ao participar do concurso? O que o motivou a submeter sua obra?

Todo artista quer ter a obra apreciada. Com o escritor, não é diferente. O poeta quer ser lido, quer ter a sua obra divulgada. E os concursos literários são muito eficientes nesse sentido. Eles ampliam o público do escritor, contribuem com a publicação e, eventualmente, nos surpreendem com uma premiação, como aconteceu comigo.

 

3. Você acredita que a divulgação de concursos literários em plataformas como Arte351 é fundamental para dar visibilidade a autores emergentes?

Plataformas como o Arte351 são um estímulo à criação, já que os artistas, vislumbrando a possibilidade de divulgação de suas obras, sentem-se valorizados e acolhidos. Ao acessar esse espaço virtual me sinto integrado e conectado à cena artística atual. Me sinto participante de múltiplos eventos, numa espécie de galeria plural onde posso ver obras e diversos artistas, ouvir os criadores, ler comentários, críticas, notícias. Quando uma plataforma como essa divulga um concurso, temos certeza de que se trata de algo sério e importante. Por isso é fundamental que o Arte351 continue divulgado concursos das diversas artes e, principalmente, daquelas que encontram pouco espaço em outros veículos como é o caso da literatura. É importante dizer que um artista que compreende a natureza do seu ofício não se limita a conhecer apenas a sua arte. Do mesmo modo como o Arte351 interessa a mim que sou um escritor, interessa também a atores teatrais, músicos, coreógrafos etc. As outras artes nos ensinam tanto quanto aquela que praticamos.

 

4. Qual foi a sua reação ao saber que sua obra foi selecionada como a vencedora do Prêmio João da Silva Correia? O que isso significa para você como escritor brasileiro?

Todo artista deseja ter o seu trabalho reconhecido. Mas isso fica na esfera do sonho. Quando acontece, a reação é sempre de surpresa, como se recebêssemos um presente maior do que aquele que estávamos preparados para carregar. A surpresa, a gratidão e a responsabilidade aumentam quando descobrimos quantos eram os concorrentes e qual a opinião dos jurados. Mesmo assim, penso que há sempre em tudo isso um lance de dados do destino, um lance de sorte, daí a gratidão. Penso também que um prêmio é sempre um reconhecimento. Principalmente quando o corpo de jurados é composto por personalidades de valor e de conhecimento indiscutíveis. Isso valoriza muito. Sempre digo que um escritor não precisa de elogios. Precisa de boa crítica. Por isso sinto meu trabalho valorizado quando avaliado por pessoas altamente competentes.

 

5. “À Sombra do Escondido” foi elogiado pelo júri por sua “coragem verbal, imagética e densidade poética”. Como você desenvolveu essas características em sua obra?

O livro “À Sombra do Escondido” foi previamente pensado antes de ser escrito. Foi planejado em seus mínimos detalhes: cada seção e subseção, o conjunto de títulos, a localização de cada texto. Além disso, cada texto foi reescrito várias vezes. Alguns foram completamente desconstruídos, dando origem a novos textos ou a texto nenhum. Alguns simplesmente desapareceram conforme foram sendo reescritos. A intenção era buscar algumas imagens inusitadas, pôr em xeque alguns interditos da nossa cultura cristã. A intenção era produzir sentidos novos sobre coisas antigas, partindo do pressuposto que a arte é uma espécie de erotização da linguagem. Já escrevi outros livros, mas esse foi o primeiro para o qual me preparei no sentido de não temer o enfrentamento de conceitos socialmente petrificados. Este é um livro em que me proponho autoprovocações conceituais, mas o objetivo é chegar a uma obra de arte. Talvez venha daí a “coragem verbal, imagética e a densidade poética” apontada pelo júri.

 

6. Como você vê a importância de prêmios literários como o Prêmio João da Silva Correia na promoção da literatura e na descoberta de novos talentos?

Não conhecia o Prêmio João da Silva Correia até participar dele. Aliás, só pude conhecê-lo um pouco mais depois de ter sido premiado e ir a Portugal para o lançamento do livro À sombra do escondido. Estou ainda admirado pelo trabalho em torno das artes, da educação e da cultura que se faz em São João da Madeira, porque o Prêmio João da Silva Correia se insere num contexto muito mais rico: aula de mandarim na Biblioteca Municipal, Feira de Livros com a presença de escritores e ilustradores oferendo oficinas de criação, o Centro de Artes Oliva, enfim, há uma valorização da educação da sensibilidade, daquilo que nos caracteriza como seres humanos. O prêmio, me parece, ocupa o centro disso tudo. Não só cultiva a memória e a obra do escritor João da Silva Correia, como promove a cultura literária, o hábito de leitura, o encontro com escritores e fomenta a descoberta e o apoio a novos talentos. E o apoio com a premiação e publicação da obra vencedora é fundamental.

 

7. Você tem planos futuros relacionados à publicação de mais obras ou à participação em outros concursos literários?

Apesar da atividade de professor universitário exigir muito do nosso tempo, mantenho uma rotina de escrita, trabalhando sempre em novos textos, planejando novas obras. Alguns desses textos certamente serão inscritos em outros concursos. No momento, estou empenhado na publicação do livro À sombra do escondido no Brasil e na conclusão de obras nas quais venho trabalhando. Quem sabe a publicação de outro livro em Portugal…