Nesta sexta-feira, 14 de março de 2025, a Culturgest abre suas portas para uma noite dupla de arte e provocação intelectual. Às 22h00, duas exposições inauguram simultaneamente, convidando o público a explorar desde os mistérios do inconsciente até à reinvenção crítica dos mapas geopolíticos. A entrada é gratuita para ambas as inaugurações.

1. Dedicado ao Desconhecido: Susan Hiller e a Arte do Invisível
Curadoria: Andrew Price | Galeria 1 | 15 março – 22 junho 2025
Inauguração: 14 de março, 22h00
A primeira exposição individual póstuma da britânica Susan Hiller (1940-2019) reúne cinco décadas de uma obra que desafiou fronteiras entre o racional e o místico. Pinturas, instalações audiovisuais e arquivos de fenômenos paranormais compõem um panorama que transforma o desconhecido em matéria artística.
Destaques:
- “After Duchamp” (2016-2017): O mictório de Duchamp revisto em vidro, questionando o sagrado no banal.
- “The Last Silent Movie” (2007): Línguas extintas ecoam como fantasmas sonoros.
Programação:
- Visita guiada com Andrew Price (curador): 15 de março (sábado, 16h00, em inglês).
- Horário: Terça a domingo, 11h00–19h00.
- Bilhetes: 4€ (grátis aos domingos).

2. Fac Simile: Joe Scanlan Reinterpreta Broodthaers
Curadoria: Bruno Marchand | Galeria 2 | 14 março – 22 junho 2025
Inauguração: 14 de março, 22h00
O norte-americano Joe Scanlan apresenta Expanded Atlas (2020), uma releitura do atlas La Conquête de l’espace (1975) de Marcel Broodthaers. Ampliando o original, Scanlan inclui países do hemisfério sul e nações que não existiam nos anos 1970, como Timor-Leste, numa crítica à geopolítica colonial.
Destaques:
- 20 fac-símiles de Broodthaers e outros artistas, explorando cópias como atos políticos.
- Expanded Atlas: Um objeto XXL que desafia hierarquias globais.
Programação:
- Visita guiada com Joe Scanlan (artista): 16 de março (domingo, 16h00).
- Horário: Terça a domingo, 11h00–19h00.
- Entrada gratuita durante toda a exposição.
Por Que Não Perder?
- Hoje, às 22h00, duas narrativas artísticas se cruzam: uma sobre o que a razão esconde, outra sobre o que os mapas silenciam.
- Susan Hiller lembra que “o desconhecido não é um vazio, é um espaço cheio de possibilidades”.
- Joe Scanlan prova que um atlas pode ser um manifesto: “Mapas não são neutros. São armas de reconstrução do mundo.”
Informações Práticas
- Local: Culturgest, Lisboa (Galeria 1 e 2).
- Estacionamento: Gratuito para visitantes das exposições (vagas limitadas).
- Mais informações: www.culturgest.pt | +351 21 790 51 55