A artista brasileira Zélia Mendonça leva ao Tribunal da Relação de Guimarães uma poderosa reflexão sobre violência doméstica, com 10% das vendas revertendo para a APAV. A mostra será inaugurada em 2 de abril e fica em cartaz até 15 de julho.
Inauguração e arte como instrumento de denúncia e cura
A exposição “Segunda Instância: Estórias de Violência, Abandono e Perdão”, da artista brasileira Zélia Mendonça, será inaugurada no dia 2 de abril, às 12 horas, no Tribunal da Relação de Guimarães, onde ficará em exibição até 15 de julho. Com 25 obras que exploram a violência contra a mulher, a iniciativa, organizada pela zet gallery, destina 10% das vendas à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que celebra 35 anos de atuação.
Obras que contam histórias
Com uma técnica que mistura têxteis, bijuterias, “fuxicos” brasileiros e fragmentos de roupas, Mendonça transforma materiais do cotidiano feminino em narrativas impactantes:
- Denúncia: Abordagem crua do feminicídio, abuso sexual e violência doméstica.
- Cura: Uma das peças foi criada em oficina com vítimas em um abrigo da APAV, marcando a “entrega emocional” das participantes.
- Tradição e Contemporaneidade: “Sua obra resgata práticas domésticas como novas tecnologias de resistência“, afirma a curadora Helena Mendes Pereira.
Justiça e arte: um diálogo necessário
Para António Sobrinho, presidente do Tribunal:
“As peças de Zélia capturam a intensidade humana dos dramas judiciais — violência, abandono e, por vezes, perdão.”
Já Marta Mendes (APAV) enfatiza:
“Esta exposição sensibiliza através da arte, dando voz a vítimas invisibilizadas.”
Visite e participe
Inauguração: 2 de abril de 2024, às 12h
Período: Até 15 de julho de 2024
Local: Tribunal da Relação de Guimarães
️ Entrada livre
Apoio: 10% das vendas beneficiam a APAV
Nota: A exposição conta com catálogo que inclui reflexões sobre a relação entre arte e justiça.

