Tudo teve início em Nanterre, cidade próxima à capital francesa, onde uma série de conflitos entre estudantes e autoridades da Universidade de Paris, desencadeou o movimento que ficou conhecido como Maio de 68.
Os protestos dos alunos da Sorbonne, uma das instituições de ensino superior mais respeitadas do mundo, foi uma reação imediata a ameaça de expulsão de um grupo de estudantes que protestava a pedir uma reforma no setor educacional. O movimento tornou-se uma comoção nacional na França do então presidente Charles De Gaulle, transformando-se em uma greve de trabalhadores geral. Este emblemático evento, que influenciou outros movimentos estudantis mundo afora, é celebrado no Atelier-Museu Júlio Pomar com a exposição O QUE PODE A ARTE? 50 ANOS DO MAIO DE 68.
A mostra foi inaugurada no último dia 15 de maio e conta com os artistas: Ana Vidigal, Carla Filipe, João Louro, Jorge Queiroz, Ramiro Guerreiro, Tomás Cunha Ferreira e Júlio Pomar. Com curadoria de Nuno Crespo e Hugo Dinis, a exposição traz uma narrativa dos artistas relativa aos acontecimentos de Maio de 68. Apresentada como uma exposição “não-histórica” a intenção é demonstrar a influência atemporal da sociedade e da política nas artes visuais. Pomar expõe obras realizadas em diferentes anos, como 1946 e 1968 que dialoga harmonicamente com obras criadas décadas a frente por outros artistas com diferentes abordagens. Uma mostra para acrescentar a visitar!