Capital Humano, de Paolo Virzì
No filme Capital Humano, de Paolo Virzì, para tentar ascender socialmente Ossala ( interpretado pelo actor FRABIZIO BENTIVOGLIO ) investe uma soma considerável de dinheiro nos negócios de Giovanni ( FABIZIO GIFUNI ).
Apesar dos indicadores apontarem para a perda do capital investido, Ossala anda todo contente porque está a conseguir uma convivência social com Giovanni que ele associa a uma ascensão social.
A perda do dinheiro e a perda de uma posição social mais elevada ( sob o ponto de vista deste ) têm um impacto muito negativo em Ossala e, este entra numa situação de ” ruptura pessoal ” que, de repente se agrava com o problema, da filha Serena ( MATILDE GIOLI ), dum atropelamento de um senhor que acaba por falecer.
Até aqui, aquilo que poderia ser uma história importante perde-se, de seguida. Da mesma forma que Ossala perde o dinheiro também, no filme, tudo se perde e não vamos a lado nenhum.
Um filme totalmente desinteressante na medida em que nada se compreende na totalidade e tudo é inconcludente. Salvam-se as interpretações de FABRIZIO BENTIVOGLIO e de VALERIA BRUNI TEDESCHI ( uma mulher, Carla, que afinal, mais tarde, vimos a descobrir ser de mau porte ).
Um filme sempre vago, sempre à deriva sem nunca encontrar rumo ou leme que o oriente.
Capital Humano, de Paolo Virzì
Classificação(0 a 10): 3
Coluna – Kamy Martins
Kamy Martins, portuguesa, Lobito, Benguela, Angola, 1968. Graduada em Matemática com formação em Fotografia e Cinema na Univesidade de Coimbra (PT), Mestre em Lingua Inglesa pela universidade de Cambridge (UK), jornalista e Crítica de Cinema, escreveu para o Jornal “IMPROP” da Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, entre outros. Publicou em 2016 o livro de fotografia intitulado “Cascais Pela Lente de Kamy” onde apresenta um pouco do seu trabalho como fotógrafa e artista.