A aparição de um jovem artista é sempre uma notícia promissora, novo sopro de liberdade individual bem vindo e a empurrar e contribuir o andamento artístico. Parece que jogamos a responsabilidade nos ombros de uma nova geração e ficamos à sombra observando e contando o tempo passar para usufruirmos a colheita? Errado. Com seu ímpeto juvenil eles tem a capacidade de nos surpreender e isso em si, desde já é altamente positivo e DECO (*) efetivamente é um desses valores que surgem na cena brasileira. Nascido em Cachoeira do Sul, RS, em 1980, é formado pela UERFS e possui outros títulos de formação universitária. Sua área de atuação profissional abrange seu estado natal e São Paulo, em cuja capital – apesar da reinante Pandemia – pretende instalar-se.
Suas pinturas revelam um mundo denso em contínua mutação, alertas, sonhos e pesadelos dramaticamente projetados. Não é um trabalho dirigido a desavisados e de imediato, embora realista e fantástico não podemos classificar suas obras necessariamente de surrealistas. Sem pretensão pode ser “moderada e modestamente” considerado uma soma de diversas correntes. Mas o que se sobrepõem a tudo é que inegavelmente estamos à frente de um talento vulcânico. Em plena erupção. Um artista em progresso. Confira as imagens.
(*) Vladenir Costa. O artista, assim como Pessoa, malgré lui, também emprega diversos heterônimos.
Renato Rosa
Coautor do “Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul”, 2a. edição, Editora da UFRGS, 2000.