O Quarteto Wihan formação de música de câmara natural da República Checa, apresentará no Pequeno Auditório do Centro Cultural Belém – CCB obras de três grandes compositores de diferentes séculos (Joseph Haydn, Robert Schumann e Leoš Janáček) com estilos de composição completamente distinto entre si.
A forma como Haydn cria um mundo brilhante e enérgico em constante mudança, com o tema inesquecível da Cotovia que aparece e desaparece, e completamente diferente da música complexa e intensa, quase intima, como diz o titulo da composição, escrita por Janaček para refletir a sua longa amizade com Kamila Stosslova, e ambas são completamente diferentes da maneira como Schumann combina cordas e piano, ao abordar a dinâmica de cada instrumento para criar música de câmara com uma sonoridade quase sinfónica. Mas todos eles tem algo em comum – os três compositores mostram as suas proezas técnicas em composições com uma grande energia expressiva, criando uma música envolvente e imortal.
O quarteto juntar-se-á ao pianista português Miguel Borges Coelho na interpretação do Quinteto com Piano em Mi Bemol Maior, op. 44, de Robert Schumann.
QUARTETO WIHAN & MIGUEL BORGES COELHO
CCB • 25 ABRIL • DOMINGO • 11H00 • PEQUENO AUDITÓRIO
Joseph Haydn (1732-1809) Quarteto de Cordas em Re Maior, op. 64, n.o 5, A Cotovia
Leoš Janáček (1854-1928) Quarteto de Cordas n.o 2, Cartas Íntimas
Robert Schumann (1810-1856) Quinteto com Piano em Mi bemol Maior, op. 44
Parte I
Joseph Haydn (1732-1809) Quarteto de Cordas em Ré Maior, op. 64, n.º 5, A Cotovia
- Allegro moderato
- Adagio cantabile
- Menuetto. Allegretto
- Finale. Vivace
Leoš Janáček (1854-1928) Quarteto de Cordas n.º 2, Cartas Íntimas
- Andante – Con moto – Allegro
- Adagio – Vivace
- Moderato – Andante – Adagio
- Allegro – Andante – Adagio
Parte II
Robert Schumann (1810-1856) Quinteto com Piano em Mi Bemol Maior, op. 44
- Allegro brillante
- In modo d’uma Marcia, um poco largamente
- Molto vivace
- Allegro ma non troppo
QUARTETO WIHAN
Jan Schulmeister violino
Leoš Čepicky violino
Jakub Čepicky viola
Michal Kaňka violoncelo
O Quarteto Wihan foi descrito pela International Record Review como: «um dos melhores quartetos do mundo atualmente.» Em 2015, o Quarteto comemorou 30 anos desde a sua formação e, ao longo dos anos, desenvolveu uma excelente reputação pela interpretação de música originária da República Checa, bem como de várias obras-primas clássicas, românticas e modernas do repertório para quarteto de cordas.
A gravação dos op. 34 e op. 105 de Dvořák foi escolhida como Gravação do Ano pela MusicWeb International e a BBC Music Magazine disse sobre a gravação do op. 61 de Dvořák: «Esta é a melhor interpretação gravada que encontrei até hoje.» O lançamento do disco Schubert G Major pelo Quarteto Wihan recebeu a nota «Excelente» da International Record
Review. Durante a temporada 2012/13, o Quarteto foi residente da Sociedade de Música de Câmara Checa no Rudolfinum Dvořák Hall, em Praga.
Em 2008, o ensemble concluiu o primeiro ciclo de Quartetos de Beethoven em Praga e posteriormente apresentou esse
mesmo ciclo no Blackheath Halls, em Londres. Esta série histórica de concertos de Beethoven em Praga foi gravada em CD e DVD pela Nimbus Alliance, a qual recebeu críticas muito elogiosas. O Quarteto Wihan foi premiado em vários concursos internacionais, incluindo o Festival da Primavera de Praga e a Festa de Câmara de Osaka. Em 1991, o ensemble venceu
o Primeiro Prémio e o Prémio do Público no Concurso Internacional de Quartetos de Cordas de Londres.
O Quarteto é ainda o grupo residente no Conservatório de Música e Dança Trinity Laban, em Londres. Jiří Zigmund aposentou-se do Quarteto Wihan em 2014. A substituí-lo, tiveram a sorte de encontrar um excelente viola em Jakub Čepický, filho de Leoš, e a sua primeira gravação com o grupo, que incluiu composições de Josef Suk, Dvořák e Janáček,
foi lançada na Nimbus Alliance em 2016: «O Quarteto Wihan interpreta de forma muito especial o último e melhor quarteto [de cordas] de Dvořák… Um dos mais experientes e aclamados agrupamentos de câmara, o Quarteto Wihan oferece-nos uma interpretação profundamente prodigiosa. A doçura da tonalidade alcançada no Adagio é notável e
o primeiro andamento tem um ímpeto irresistível.
MIGUEL BORGES COELHO piano
Natural do Porto, Miguel Borges Coelho iniciou o estudo do piano com Amélia Vilar, prosseguindo a sua formação no Conservatório daquela cidade sob a orientação de Isabel Rocha.
Como bolseiro da Fundação Gulbenkian, estudou na Hochschule fur Musik Freiburg, com Vitalis Margulis, e na Escuela
Superior de Música Reina Sofia, com Dmitri Bashkirov e Galina Egyazarova.
Concluiu em 2016 o doutoramento em Musicologia na Universidade de Évora. Venceu vários concursos nacionais
de piano e obteve o 2.o Prémio e o Prémio para a interpretação da obra contemporânea no XIV Concurso Internacional de Música da Cidade do Porto. Em 1998, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe o Prémio Revelação «Ribeiro da Fonte».