O Teatro Municipal Joaquim Benite recebe no dia 30 de Abril, às 20h, a Companhia de Teatro de Braga com o espectáculo Gostava de estar viva para vê-los sofrer, de Max Aub, com encenação de Ignacio García e interpretação de Ana Bustorff.
Max Aub (1903–1972) foi um escritor e dramaturgo vanguardista espanhol de origem francesa-judia e alemã. Foi adido cultural na Embaixada de Espanha em Paris. Trabalhou com André Malraux, para quem escreveu o guião do filme L’espoir (chegado aos cinemas em 1945). Perseguido por Vichy, foi deportado para um campo de trabalhos forçados na Argélia, após o que se exilou no México (onde fez amizade com Luis Buñuel). É autor de mais de 40 títulos, entre os quais também figuram a poesia, o conto e o ensaio. Gostava de estar viva para vê-los sofrer! é um texto criado a partir De há algum tempo a esta parte (1949). A dureza testemunhal é uma das principais qualidades deste texto seco e sórdido de Aub. “Não quero que ninguém me console”, diz Emma Blumennthal, procurando mitigar a sua amargura por todas as perdas, encontrando-lhes um sentido e uma missão, o testemunho: “Se não houver memória, para que se vive?” Um texto para não esquecer os que viveram a experiência da guerra, recordar as vítimas dos totalitarismos aniquilantes e avisar do seu perigo. E para reivindicar o valor do teatro como um instrumento vivo e eficaz para interpelar a sociedade.
Ignacio García é conhecido do público do TMJB: em 2017 dirigiu História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, e em 2019 Reinar depois de morrer, de Luis de Guevara. Distinguido já com vários prémios, é programador do Festival Dramafest e director do Festival Internacional de Teatro Clássico de Almagro. Divide-se entre os textos clássicos e os contemporâneos. Ana Bustorff é uma das mais reconhecidas actrizes portuguesas, com grande actividade no cinema e na televisão. Porém, foi num palco de teatro que se estreou em 1977. É membro fundador da Companhia de Teatro de Braga.
Gostava de estar viva para vê-los sofrer (TMJB, Sala Principal, dia 30 de Abril, às 20h).
Duração: 60 min. | M/12
Texto de Max Aub
Encenação e dramaturgia de Ignacio García
Tradução Ivonete da Silva Isidoro
Cenografia José Manuel Castanheira
Desenho de luz Bogumił Palewic
Figurinos Manuela Bronze
Interpretação Ana Bustorff
Adereços Grasiela Muller
Assistência de encenação Solange Sá e Grasiela Muller
Técnico de luz e som Fábio Tierri
Execução de figurinos Mónica Melo
Fotografia Eduarda Filipa
Vídeo Frederico Bustorff Madeira
Companhia de Teatro de Braga
Todas as informações em ctalmada.pt

