Do digital ao analógico: exposição de fotografia no Porto

O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), numa coprodução com a Câmara Municipal do Porto e o Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do MNSR, acolhe de 23 de setembro a 31 de outubro a exposição de fotografia NEM 3 DIAS O MUNDO VÊ PASSAR, de Graça Sarsfield e Francisca Siza.

Comissariada por Bernardo Pinto de Almeida, a exposição alia o digital ao analógico numa nova perspetiva fotográfica intergeracional, apresentada num formato díptico.

Esta exposição é partilhada entre Graça Sarsfield, a avó, e Francisca Siza, a neta, que trabalham o analógico e o digital respetivamente. Enquanto Graça Sarsfield constrói as imagens analogicamente, Francisca Siza desconstrói a partir da matriz, recorrendo ao digital, editando novas imagens. Neste casamento onde a fria tecnologia do digital se funde com o analógico, pretende-se falar do que é finito dando lugar a uma outra coisa: Finitude/Renovação.

A exposição é, igualmente, apresentada como uma homenagem a Luís Serpa, desaparecido em 2015, personalidade lisboeta que muito impulsionou a arte contemporânea.

exposição no Porto
Foto: Museu Nacional de Soares dos Reis (Divulgação)

NEM 3 DIAS O MUNDO VÊ PASSAR, de Graça Sarsfield e Francisca Siza

De 23 de setembro a 31 de outubro

Horário: de 3ª feira a domingo, das 10H às 18H (última entrada 17H30).

O Museu no Porto

O MNSR é o primeiro museu público de arte do país, tendo sido fundado em 1833 sob a égide de D. Pedro IV. No âmbito das reformas institucionais da República, em 1911, é renomeado Museu Soares dos Reis, evocativo do primeiro pensionista do Estado em escultura pela Academia Portuense de Belas Artes: António Soares dos Reis, o célebre autor do Desterrado. Já em 1932, e na senda das comemorações do centenário, adquire o estatuto de Museu Nacional. De momento, apresenta uma programação com exposições temporárias e está em curso a revisão da exposição de longa duração, que abrirá ao público no final do ano.