**”O Chão é Lava!” traz encontro entre Europa e África à Culturgest Porto**
A Culturgest Porto prepara-se para inaugurar uma exposição que promete explorar temas densos e desafiadores: **”O Chão é Lava! Território #6″**, que abrirá suas portas no dia **4 de outubro, às 22h**. Comissariada por **Catarina Laranjeiro** e **Daniel Barroca**, a mostra encena um encontro criativo entre **Europa e África**, reunindo cerca de vinte artistas e intervenientes de várias áreas. A entrada será gratuita.
A exposição contará com obras em diversos formatos, como **escultura, vídeo, desenho e fotografia**, além de ciclos de filmes e conversas ao longo de três meses, até **12 de janeiro de 2024**. Uma programação que promete intercalar diferentes olhares sobre questões históricas, geopolíticas e culturais, com o objetivo de desconstruir narrativas e propor novos diálogos entre os continentes.
Um dos destaques da exposição é a contribuição da artista **Sara Santos**, que apresenta edifícios icónicos do **Cacém** ao lado de um mapa subjetivo da Europa, propondo um olhar crítico sobre a geopolítica contemporânea.
Além disso, a obra documental do ex-soldado **José Estima**, que revisita sua experiência na Guerra da Guiné-Bissau, entra em diálogo com as imagens do movimento messiânico **Kyangyang**, trabalhadas por **Ana Temudo** e capturadas por **Ramon Sarró** e **Marina Temudo**. Outro ponto de interesse é a série de filmes e vídeos de realizadores amadores, como **João Pereira (Tikai)** e **Nelca Lopez**, que abordam a imigração e as suas raízes africanas a partir da periferia de Lisboa.
O ciclo **Território #6** também abrirá espaço para a **literatura**, com uma publicação colaborativa com o coletivo **Uma Certa Falta de Coerência**, além da inauguração de uma nova sala de cinema temporária no Porto, programada por **Sílvia das Fadas**, **Lucas Camargo de Barros** e **Nuno Lisboa**.
A exposição estará aberta de terça a domingo, entre as **13h e as 18h**, na Culturgest Porto, e promete ser uma experiência imersiva e provocadora para o público, confrontando-o com as realidades e contradições entre o passado colonial e o presente globalizado.