Ciclo curado pelo Coletivo Casa Amarela volta a provocar os sentidos com nomes emergentes da música experimental nacional e internacional
O ciclo Jejum, uma das propostas mais arrojadas da cena eletrónica e experimental portuguesa, está de volta à Rua das Gaivotas6 em 2025. Com curadoria do Coletivo Casa Amarela (CCA), o ciclo promete mais um ano de estreias, colaborações inesperadas e performances que desafiam os limites da escuta, mantendo o seu compromisso com a experimentação e a provocação estética.
Desde a sua criação em 2021, o Jejum tem vindo a consolidar-se como uma plataforma de visibilidade para artistas emergentes, acolhendo sonoridades marginais e formatos não convencionais. Em 2024, o ciclo percorreu outros palcos em Castelo Branco, Montemor-o-Novo e até o Lux Frágil, mas em 2025 regressa à sua casa original com uma programação intensa.
Concertos agendados:
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9 de abril – Doroteia + Hocus + Tiago Biscaia (estreia absoluta, encomenda do CCA)
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21 de maio – Carga Aérea
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11 de junho – Bride
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2 de julho – emme
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3 de setembro – Mats Erlandsson
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1 de outubro – Vanessa Amara
O ciclo abre com uma encomenda inédita que junta três jovens artistas da área do noise – Doroteia (Elisa Guerra), João Almeida (Hocus) e Tiago Biscaia – desafiados a criar um universo sonoro conjunto a partir de práticas diversas como o trompete livre, a manipulação digital e a performance eletrónica.
Segue-se Carga Aérea, figura incontornável da ambient portuguesa, com apresentação de um novo trabalho, sucessor de transumância. Em junho, Bride, projeto da inglesa Esme Rebora, traz o seu caos sonoro industrial e a sua estética confrontacional. Já em julho, estreia-se emme, artista de culto com um trabalho emocionalmente denso e performaticamente radical – destaque para o disco Heaven Help Me, um épico sonoro sobre sobrevivência emocional.
Setembro marca a estreia nacional de Mats Erlandsson, peça-chave da cena drone sueca e cofundador da XKatedral. E para encerrar, Vanessa Amara, projeto lendário da Posh Isolation, regressa a Portugal com um set que oscila entre a eletrónica desconstruída e o vaporwave lo-fi, cheio de ironia e sensibilidade.
“Jejum continua a ser um compromisso com a provocação, com a aproximação entre diferentes linguagens e com a escuta radical enquanto experiência estética e política.”
– Coletivo Casa Amarela
Local: Rua das Gaivotas 6, Lisboa
Datas entre abril e outubro de 2025
+ info: @coletivocasaamarela