Orquestra de Câmara Portuguesa apresenta o concerto Serenata

Um mergulho no universo intimista de Charles Ives e John Cage inspiram a Orquestra de Câmara Portuguesa em concerto diurno no CCB.

Com direção de Pedro Carneiro e encenação de Teresa Simas, a Orquestra de Câmara Portuguesa apresenta o concerto Serenata neste domingo (6), pelas 11 horas, no Grande Auditório do Centro Cultural Belém – CCB.

A Serenata de Tchaikovsky e a Battalia de Biber são duas obras espectaculares que inspiram a Orquestra de Câmara Portuguesa e a faz mergulhar no universo intimista de Charles Ives e John Cage, no concerto Serenata.

Uma pergunta sem resposta: a obra misteriosa de Charles Ives (1874-1954), uma tapeçaria cósmica em forma de som. Serenar. Uma série de harmonias, música reconstruída por John Cage (1912-1992) a partir de hinos de compositores contemporâneos da Revolução Americana de 1776. Claro. Limpo.

Heinrich Biber descreve vários quadros em mote surrealista, numa explosão de cor, ímpeto, criatividade e imaginação. Pacificar, tranquilizar. Com a sua imaginação arrebatadora, Tchaikovsky encerra as páginas da sua serenata com uma reminiscência do seu início — lembramo-nos da obra mistério de Charles Ives: uma resposta ao ruído incessante criado pela humanidade, o silêncio? Pedro Carneiro.

 

Programa da Orquestra de Câmara Portuguesa

– Charles Ives (1874-1954) The Unanswered Question
– John Cage (1912-1992) 44 Harmonies From Apartment House 1776 (excertos)
– Heinrich Biber (1644-1704) Battalia à 10
– Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) Serenata para Cordas, op. 48

Direção – Pedro Carneiro
Encenação – Teresa Simas

 

 

ORQUESTRA DE CÂMARA PORTUGUESA

A Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP) foi fundada em 5 de julho de 2007 por Pedro Carneiro, Teresa Simas, José Augusto Carneiro e Alexandre Dias. A visão impulsionadora do compositor e maestro Pedro Carneiro é a garantia da excelência e credibilidade artísticas da Orquestra de Câmara Portuguesa.

A OCP nasceu com o objetivo de criar um ensemble de excelência que funcione como plataforma de lançamento de novos intérpretes, e promova a sua integração no mercado de trabalho internacional da música.

Desde a sua fundação, a OCP tem vindo a criar uma janela de oportunidade inovadora por vir responder à procura da afirmação artística e profissional da mais recente geração de músicos nacionais e estrangeiros residentes em Portugal.

A estreia absoluta da OCP no dia 13 de setembro de 2007, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, resultou da resposta ao desafio lançado pelo então presidente do Conselho de Administração, Dr. António Mega Ferreira, em realizar o concerto inaugural da Temporada 2007/2008 do CCB.

Desde então, a OCP atingiu um elevado e consistente patamar de performance artística, confirmado pelo público e pela crítica.

A atitude e a prática da OCP é completamente inovadora. A orquestra tocar de pé, a rotatividade (partilha de posições) é permanente, fomentando a partilha da responsabilidade e garantindo o acesso a novos desafios a todos os instrumentistas. Estes fazem parte da “Bolsa de Músicos da OCP”, que todos os anos inclui novos elementos selecionados em audição, procurando-se que todos tenham a oportunidade de tocar em orquestra, em igualdade de circunstâncias, com remuneração uniforme, numa dinâmica de trabalho exigente e imaginativa, resultante de um longo tempo de ensaio.