O ator renomado Jonas Bloch mostra sua outra faceta artística, na R. Rodyner Gallery
Na primeira sexta-feira de março (6), pelas 18 horas, será a inaugurada a exposição de Jonas Bloch “O imaginário liberto”, na R. Rodyner Gallery, em Cascais. A Galeria de arte, situada no icónico Palacete do século XIX, na Casa da Guia, com apoio de M.Monteiro A&D, Mares Navegados, Casa da Língua Portuguesa e Arte351, recebe desenhos incríveis feitos pelo artista brasileiro em tinta nanquim, aquarela e pastel.
A inauguração ainda recebe o apoio da Arte do Vinho do Alentejo “Courelas da Torre” e a exposição permanece patente até 30 de Abril.
Conhecido pelo público por seu trabalho como ator, tendo participado de inúmeras novelas, filmes e peças de teatro, poucas pessoas sabem que Jonas Bloch é formado pela Escola de Belas Artes e tem uma intensa atividade como artista plástico.
Durante toda a sua vida, nunca deixou de desenhar e esculpir, paralelamente ao trabalho de ator. O facto de não depender das artes plásticas para sobreviver, propiciou-lhe uma liberdade e que o fez desenhar sem a pressão das demandas de mercado. Deu-lhe a oportunidade de fazer um trabalho mais livre e ousar mais.
Absorvido pelo intenso trabalho na televisão, Jonas conseguiu realizar poucas exposições de seus desenhos e esculturas. Os desenhos de Jonas apresentam uma viagem ao surrealismo, mas não se limitam a esse único estilo, transitam por outros caminhos, em busca de experimentar o que o inspira no momento, sem amarras.
Jonas acredita que “as artes plásticas propiciam um momento especial para as pessoas, que têm a oportunidade, ao olhar um quadro, de vivenciar algo diferente do seu cotidiano, em que tudo é visto de forma pragmática, utilitária. A reação emocional de quem vê um quadro, tem origem no seu inconsciente, no que há de mais individual em uma pessoa, e permite sair fora do comportamento padronizado em que vive, experimentar um outro olhar, e exercer sua imaginação”.
Seus últimos trabalhos na Tv Globo, foram as novelas “Novo Mundo”, a mini-série “Se eu fechar os olhos agora”, e a participação na novela “Bom Sucesso”, como Eric Feitosa. Durante um período, trabalhou na Rede Record, em novelas como “Bela, a feita” e “Bicho do Mato”.
A relação de Jonas Bloch com Portugal é antiga, já tendo atuado na mini série “Garret”, para RTP, nos festivais de Teatro “Fitei”, e o antigo “Festeixo”, em Viana do Castelo, e na peça “O Senhor das Flores”, apresentada em diversas cidades de Portugal.
Tem uma ligação forte com os valores portugueses, porque a sua infância, no Rio de janeiro, foi em uma época em que a presença portuguesa era intensificada pelo grande número de portugueses a imigrarem para o Brasil, prova disso era ouvir-se Amalia Rodrigues nas rádios.
“O imaginário liberto” de Jonas Bloch
Inauguração: 6 de março de 2020 às 18 horas
Patente: 6 de março – 30 de abril
Galeria de arte: R. Rodyner Gallery – Casa da Guia (Rua N.S. do Cabo 101 loja 14, Cascais)
Contactos: +351 918 632 089 e +351 931 372 774.
Jonas Bloch
Formado também em Artes Visuais e em vários cursos de Teatro, foi professor de interpretação em Universidades, é ator, diretor, autor. Durante mais de 55 anos vem trabalhando em Cinema (quarenta filmes), Teatro (trinta e oito peças ), Televisão (cinquenta e uma produções).
Em seu vasto currículo, há uma enorme variedade de experiências, indo de Shakespeare a comédias de costumes, de filmes ambiciosos a novelas leves e musicais.
Entre seus trabalhos de Teatro incluem-se “Hamlet”, “Sonhos de uma noite de Verão” (Shakespeare), “Peer Gynt”(Ibsen), “Franck V” (Durrematt), a participação na Mostra Internacional de Teatro de Montevidéu com “Besame Mucho”, Festival de Cabo Verde, Mindelact, com ¨Hilário¨, em Portugal no Festival do Porto e de Viana do Castelo com “ Senhor das Flores”.
Atuou em filmes internacionais, como “Sigilo Absoluto” ( Discretion Assured ), ao lado de Michael York; “Woman on top”; o italiano “O Traidor” e “Butterfly”, e um dos nacionais como “Caso Claudia”, “Avaeté”, “O homem da Capa Preta”, “O dia da caça”, “Amarelo Manga” ( indicação para melhor ator ), “Cabra Cega”(prêmio Fiesp, de melhor coadjuvante ), entre muitos outros.
Foi homenageado no 28º. Festival de Cinema de Recife, no Festival Guarnicê, do Maranhão, e no de Canoa Quebrada, e recebeu o Prêmio Nelson Rodrigues, pela ANCEC, por sua trajetória. Tem participado de novelas e mini- séries, como “Corpo Santo”, “Mulheres de areia”, “A Viagem”, “Bicho do Mato”, “Novo Mundo”, “Se eu fechar os olhos agora”, entre outras, além da mini série ¨Garret¨, da RTP , Tv Portuguesa.