Uma das grandes vozes atuais do Fado une-se ao som da guitarra portuguesa de Paulo Parreira e da viola de Rogério Ferreira.
Nesta quinta (3), pelas 19 horas, o Grande Auditório do Centro Cultural Belém – CCB recebe a cantora de fado Aldina Duarte, em uma coprodução em parceria com o Museu do Fado.
Tal como acontece no seu mais recente disco, Roubados, Aldina Duarte cria as suas novas versões a partir de originais por si «roubados» que diz serem insuperáveis; arrisca e ousa todas as alterações de modo a trazê-los para a singular autenticidade fadista, numa busca de verdade que é uma constante nas suas interpretações, recorrendo ao jogo rítmico na divisão dos versos, que sempre a fascinou, usando e abusando até do contratempo (o chamado «roubado» na gíria musical dos fadistas), relevando a música das palavras no seu sentido e na sua poesia, afirmando a sua visão destas histórias cantadas.
Em palco estará uma das duplas mais talentosas e singulares nesta arte, Paulo Parreira na guitarra portuguesa e Rogério Ferreira na viola, músicos brilhantes na execução e na sensibilidade interpretativa, seguindo a voz de Aldina Duarte com uma cumplicidade absoluta. Há uma sonoridade que pertence exclusivamente a este trio, que é inconfundível e arrebatadora.
Aldina Duarte, a intérprete singular, abre de novo um caminho por dentro do fado, como sempre só seu. Ela é reconhecida como uma das grandes vozes atuais do Fado, pela sua personalidade artística inconfundível e pela sua singular capacidade interpretativa.
A paixão de Aldina Duarte pela Literatura leva-a a aliar ao repertório musical tradicional dos grandes fados estróficos tradicionais uma escolha cuidadosa dos poemas que canta, sendo ela própria autora de muitas das suas letras, bem como de outras cantadas por quase todos os fadistas da nova geração, como Camané, Carminho, Ana Moura ou António Zambujo.
Há Fado no Cais com Aldina Duarte
3 de dezembro de 2020, às 19h
Grande Auditório – Centro Cultural Belém (CCB)