Portugal em destaque dentre as vencedoras do Concurso Sardinhas 2021

Chegou ao fim mais uma temporada criativa e estão escolhidas as 10 vencedoras do Concurso Sardinhas 2021. Num “cardume” generoso, com mais de 2600 sardinhas, a escolha foi difícil, mas uma coisa é certa: a imaginação não tem mesmo limites.

Entre as 2656 propostas recebidas, oriundas de 42 países, foram eleitas 7 sardinhas portuguesas, 1 brasileira, 1 bielorussa e 1 francesa. Estas 10 vencedoras serão premiadas, cada uma delas, com um prémio no valor de 1.000€, assinalando o 10.º aniversário do concurso.

A pandemia e as vacinas, os migrantes, a cultura, o ambiente ou o Santo António, quase tudo serviu de inspiração para a criação de novas sardinhas, cuja originalidade não facilitou a tarefa do júri composto por Filipe Melo, Luís Royal, Joana Astolfi, Carolina Deslandes e Jorge Silva.

Dez anos de criatividade depois, o desejo para atingir a meta das 50 mil concorrentes não foi apenas concretizado, mas superado, celebrando assim da melhor forma o aniversário redondo desta competição saudável.

Este ano, e pela primeira vez, as vencedoras serão disponibilizadas ao público, a partir de dia 12 de junho, no Atelier-Museu Júlio Pomar, Museu da Marioneta,Museu do Aljube Resistência e Liberdade, Museu do Fado, Museu de Lisboa– Palácio Pimenta, Santo António e Teatro Romano, Casa Fernando Pessoa, Museu Bordalo Pinheiro e LU.CA – Teatro Luís de Camões. O desafio é simples: reunir a nova coleção das 10 sardinhas, “pescando” uma a uma em cada um destes 10 espaços culturais da EGEAC.

Além das sardinhas, há ainda um outro bom motivo para passar por alguns destes espaços naquele que habitualmente seria o fim de semana alto dos Santos Populares.

Dias 10, 11, 12 e 13 de junho os residentes em Lisboa estão convidados a visitar gratuitamente os museus, galerias e monumentos geridos pela EGEAC.

 

Vencedoras do Concurso Sardinhas 2021

Sardinhas ardilosas, de Yuliya Herasimenia (Bielorrússia)

“Cinco sardinhas são melhores do que uma. As sardinhas são tão diferentes e individuais e, ao mesmo tempo, tão semelhantes entre si. Com estas sardinhas ardilosamente unidas podemos encontrar o caminho para ganhar o concurso, apesar de apenas uma ser selecionada. O 10.o aniversário deste concurso precisa desesperadamente de uma sardinha com uma surpresa dentro, ou cinco, aumentando assim a magia e a emoção. Se ela vencer, então irão apreciá-la cinco vezes mais. Precisamos disso de vez em quando, especialmente nestes dias difíceis. Sejamos astutos como a sardinha, aproveitando a vida e fortalecendo os objetivos.”

Sardinha Farpada, de Policas (Portugal)

“A vida que nos últimos meses nos tem tirado a total liberdade de conviver, abraçar, amar e de beijar, faz-nos sentir cercados por uma cerca Farpada.”

Prevenção, de Sandro Camargo (Brasil)

Pensando no momento atual e nas formas de prevenção da COVID-19 e suas variantes, penso na importância de continuarmos a usar a máscara em todas as ocasiões.

Repreensão de Vícios, João Bruno Leal Sousa (Portugal)

Esta ilustração tem como conceito uma referência direta ao “Sermão de Santo António aos Peixes”. No sermão é usada a alegoria dos peixes que acabam por se comer uns aos outros, sendo assim criada uma metáfora ao Homem, aos seus defeitos e aos seus vícios.

A fuga, de Ana Luísa Oliveira (Portugal)

Como sardinhas enlatadas, estes migrantes viajam sem certezas da chegada. Deixam tudo para trás e arriscam as vidas em alto mar, em cardumes que se empilham no mesmo barco, às vezes na mesma rede… Os que conseguem chegar a terra firme, são peixes fora de água.

Sardinha-Pombo, de Cláudia H. Abrantes (Portugal)

Esta é a proposta de um pombo que, na sua melhor pose, se disfarçou de sardinha para poder brilhar nas Festas de Lisboa e receber algum reconhecimento como símbolo da cidade.

A mulher quer-se como ela quiser, de Gabriela Araújo (Portugal)

A mulher quer-se… pequenina como a sardinha? Ou quer-se, como ela quiser?

Molinha, de Roger Hespanhol (Portugal)

Com a chegada da primavera e do bom tempo os cardumes destas sardinhas aumentam significativamente em todos os estendais do país…

Santo e Vacinado, de Cristiano Vieira (Portugal)

Com mais de 800 anos de idade, Santo António foi um dos primeiros a ser vacinado. Tudo para que a festa possa retomar como antigamente. Ele estava um pouco nervoso, mas os profissionais de saúde garantiram que #VaiFicarTudoBem

Minha sardinha, meu amor, de Martin Jarrie (França)

No momento de fazer o meu desenho, pensei neste ano de confinamento que tínhamos acabado de viver e queria prestar homenagem aos amantes, abraçados, uns aos outros, o que era impossível para nós até há pouco tempo. Então, por que não um conto de fadas? Um pescador apaixona-se por uma sardinha e o milagre acontece! E depois costuma-se dizer que Paris é a cidade do amor. Para mim, é também Lisboa!