Exposição com foco no panorama criativo madeirense patente em Lisboa

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O Coletivo de Curadores da Pós-Graduação em Curadoria de Arte da NOVA-FCSH foi convidado a organizar uma exposição que procura explorar as especificidades do panorama criativo madeirense. O convite partiu das Galerias Municipais de Lisboa (EGEAC), em parceria com a PORTA33, com enfoque a uma nova geração de artistas, na sua maioria relacionados com a importante atividade curatorial e cultural da PORTA33 ao longo das últimas três décadas. Este projeto contou também com o apoio do Município do Funchal.

A exposição coletiva Na margem da paisagem vem o mundo decorre até 29 de Agosto de 2021 no Pavilhão Branco, localizado no Jardim do Palácio Pimenta, em Lisboa. Esta mostra, orientada por Emília Tavares e Sandra Vieira Jürgens, é o projeto final da edição de 2020-2021 desta Pós-Graduação.

As multiplicidades do lugar foram o ponto de partida para esta mostra que pretende abordar as ramificações da alteridade na paisagem. O conjunto de trabalhos a apresentar podem referenciar a ideia de uma ilha, mas não lhe estão necessariamente condicionados.

São geografias ficcionadas, onde se especulam relações, constroem-se novos tempos e memórias, e se desafiam novas narrativas estéticas que sugerem outras interpretações dos lugares e das suas histórias. Neste sentido, foram convidados a participar os artistas: Bruno Côrte, Ção Pestana, Carolina Vieira, Dayana Lucas, Duarte Ferreira, Filipa Martins, Hélder Folgado, Hugo Brazão, Hugo Olim, Joana Viveiros, Mariana Marote, Miguel Ângelo Martins, Nuno Henrique, Ricardo Barbeito, Sara Rodrigues, Tiago Casanova e Vítor Magalhães.

A este imaginário coletivo podemos acrescentar a condição bastante real da Madeira – elemento comum a
todos os artistas – como margem sujeita a um processo de exotificação que surge de fora para dentro, talvez
como memória de um lugar natural, original, paradisíaco. As metapaisagens de um jardim atlântico reverberam
em camadas simbólicas.

Texto Curatorial

 

A imagem principal, de autoria da artista madeirense Sonja Câmara, faz parte de um ensaio visual original criado especificamente para o catálogo da exposição, com previsão de lançamento para o final do mês de Julho.

[…] tinha (e tenho no pensamento) uma cartografia utópica e encantada.
É como imagino a ilha antes da sua descoberta. Penso nisso muitas vezes. No poder de um lugar ancestral e puro. A natureza poderosíssima e potente deste ser primordial. O ensaio é um mapa que nos indica como lá voltar.

Sonja Câmara

Em simultâneo, foi desenhado um programa público que propõe expandir e problematizar as temáticas centrais da exposição com foco madeirense. Desta forma, durante o tempo de exibição da mostra, realizar-se-ão atividades (presenciais e online) que procuram alargar a discussão sobre as premissas supracitadas.

A exposição Na margem da paisagem vem o mundo está aberta ao público de terça a domingo das 10h00 às 13h00 e entre as 14h00 e as 18h00. As condições de visita estão sujeitas às normas da Direção-Geral da Saúde.