O Hangar – Centro de Investigação Artística, em Lisboa, prepara-se para inaugurar a nova exposição de Daniel Blaufuks, intitulada “Melancolia Tropical ou a ilha que perdeu o Equador”. A inauguração está marcada para o dia 18 de setembro, às 18h, e a exposição estará patente até 9 de novembro de 2024.
Uma reflexão sobre a colonização portuguesa
Nesta exposição, Daniel Blaufuks utiliza as suas fotografias para documentar a violenta colonização portuguesa em São Tomé e Príncipe, que no início do século XX foi o maior exportador de cacau do mundo. A exposição destaca a exploração das roças e dos trabalhadores, conhecidos como serviçais, que eram atraídos de outras colónias com promessas raramente cumpridas de retorno após cinco anos.
Colagens e narrativas visuais
A exposição apresenta colagens com fotografias instantâneas, recortes de textos e imagens de jornais e livros, textos manuscritos, espécimes de botânica, selos postais e mapas, na sua maioria de pequeno formato. Esta abordagem permite ao artista contar a história da violência do colonialismo de uma forma única e impactante.
Paralelismo entre o holocausto e o colonialismo
Conhecido por abordar temas como a shoah no seu trabalho artístico, Daniel Blaufuks estabelece nesta exposição um paralelismo entre o holocausto e a história do colonialismo português, oferecendo uma reflexão profunda e provocadora sobre estas temáticas.
Detalhes da exposição
“Melancolia Tropical ou a ilha que perdeu o Equador” estará patente no Hangar, localizado na Rua Damasceno Monteiro 12, no bairro da Graça, em Lisboa. A exposição pode ser visitada de quarta a sábado, das 15h às 19h, com entrada livre.
