Para além da reabertura da Sala René Lalique, o Museu Calouste Gulbenkian assinala o Dia Internacional dos Museus com apresentação de catálogo e conversas.
No contexto da celebração deste dia tão significativo para os museus, o Museu Calouste Gulbenkian e o Centro de Arte Moderna apresenta uma programação para 18 de maio que conjuga o universo digital com eventos presenciais, dirigindo-se a públicos muito diferenciados.
Dentro das propostas presenciais, destacam-se as conversas com os conservadores e a reabertura da Sala René Lalique no Museu Calouste Gulbenkian – que este ano abre excecionalmente a uma terça-feira, com entrada gratuita–, o lançamento do Catálogo Digital de Exposições da Fundação Calouste Gulbenkian.
No âmbito do digital, haverá o lançamento de um vídeo e de um áudio, uma farmacopeia artística preparada pelas curadoras do Centro de Arte Moderna e ainda a apresentação, através de uma página online e de um podcast, da terceira edição do projeto O Poder da Palavra, que reúne múltiplas vozes e línguas na interpretação de objetos da coleção de arte islâmica do Museu.
Reabertura da Sala René Lalique
Reabre ao público no Museu Calouste Gulbenkian, a partir de 18 de maio, a sala exclusivamente dedicada à produção joalheira e vidreira de René Lalique.
O núcleo de obras de René Lalique da Coleção Calouste Gulbenkian integra quase duas centenas de objetos, entre os quais se destacam oitenta e duas joias adquiridas diretamente ao artista pelo colecionador.
A sala exclusivamente dedicada à produção joalheira e vidreira de Lalique conheceu até esta data três instalações: a primeira, por ocasião da inauguração do Museu Calouste Gulbenkian, em 1969; a segunda, na década de noventa; e a terceira, já no ano 2000, no âmbito de um projeto alargado de remodelação do Museu.
Impõe-se agora, passados vinte anos, uma nova intervenção no espaço, capaz de permitir uma releitura integral da produção do mestre, valorizando o seu ideário, as suas múltiplas fontes de inspiração e a reconhecida originalidade das suas criações, que lhe valeram ser conhecido como «o inventor da joia moderna».
Núcleos especialmente idealizados para valorizarem os grandes temas do artista – a natureza exuberante recriada através de materiais inesperados, a representação da figura feminina e as suas múltiplas metamorfoses – sublinharão essa diversidade.
A arte do vidro, que Lalique abraçou exclusivamente a partir de 1912, conhece também uma profunda releitura neste projeto e ilustra uma preocupação desde sempre presente na produção do artista, tanto no período Arte Nova como no período Art Déco: a procura da transparência.

Conversas à medida no Museu Calouste Gulbenkian
A equipa de conservadores do Museu Calouste Gulbenkian acolhe-o num percurso construído ao ritmo da conversa: 12 convites diferentes, 12 oportunidades para uma visita ao Museu. A Entrada é gratuita mediante levantamento de bilhete.
Cada sessão tem um bilhete próprio, com limite de um bilhete por pessoa e por visita.

Sessões da manhã
Levantamento de bilhetes a partir das 10:00 na bilheteira do Museu Calouste Gulbenkian
10:15 – 11:00 João Carvalho Dias
10:15 – 11:00 Jorge Rodrigues
11:15 – 12:00 Clara Serra
11:15 – 12:00 Luísa Sampaio
12:15 – 13:00 Rui Xavier
12:15 – 13:00 Jessica Hallett
Sessões da tarde
Levantamento de bilhetes a partir das 14:00 na bilheteira do Museu Calouste Gulbenkian
14:15 – 15:00 Jorge Rodrigues
14:15 – 15:00 João Carvalho Dias
15:15 – 16:00 Rui Xavier
15:15 – 16:00 Jessica Hallett
16:15 – 17:00 Clara Serra
16:15 – 17:00 Luísa Sampaio
História das Exposições de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
Apresentação do catálogo às 15h30, no Auditório II, com Lotação máxima a 167 lugares. A conferência será transmitida também em direto através do Facebook.
O catálogo digital dedicado às exposições de arte organizadas pela Fundação Calouste Gulbenkian, desenvolvido entre 2014 e 2020, é um projeto de estudo, digitalização, inventariação e divulgação da memória expositiva da Fundação entre 1957 e 2016. Apresentam-se 1343 exposições, acompanhadas pelo levantamento e sistematização de cerca de 30 000 documentos associados (imagens das exposições, convites, cartazes, cartas, folhetos, entre outros). O projeto resulta de uma parceria estratégica entre a Fundação Calouste Gulbenkian e o Instituto de História da Arte, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa.
Sob direção-geral de Helena de Freitas (2014-2016) e de Leonor Nazaré (desde 2016), pela Fundação Gulbenkian, e de Raquel Henriques da Silva, pelo IHA, este projeto de investigação teve a coordenação executiva e editorial de Matilde Corrêa Mendes e a coordenação científica (investigação e produção associada) de um dos membros do IHA – Leonor Oliveira (2014), Joana Baião (2015-2016) e Isabel Falcão (desde 2016).
Obras que se ouvem
Marcelino Vespeira e a obra «O Menino Imperativo» 16h
Com o desafio de reimaginar um museu que está atualmente fechado, foi lançada no Dia Internacional dos Museus, uma nova rubrica de programação para público com deficiência visual.
Inspirado nas anteriores visitas táteis e audiodescritas à coleção do Centro de Arte Moderna, o ciclo «Obras que se ouvem» aborda, todos os meses, uma obra da coleção num áudio breve, que nos dá a ouvir e a conhecer o/a artista e a peça escolhida.
Feito a duas vozes, com recurso a um(a) mediador(a) do serviço educativo e a um(a) audiodescritor(a), cada áudio oferece uma abordagem diversificada, que deixa perguntas no ar e alimenta a curiosidade até voltarmos a poder encontrar-nos no Centro de Arte Moderna.
O artista escolhido é o Marcelino Vespeira e a obra O Menino Imperativo.
Por Simão Palmeirim e AR produções
